"Talvez nasçam impérios, para a felicidade e, sobretudo, para a infelicidade dos povos. Nascidos da tormenta, eles também perecerão um dia".
DUROSELLE, Jean-Baptiste. "Todo império perecerá: teoria das Relações Internacionais"
"... O homem considerado isoladamente não existe no estudo das relações internacionais. Em grupo, os homens criam um consenso para serem mais fortes, depois o destroem, porque a eficácia vai de encontro à felicidade e esta é preferível à eficácia quando os períodos de alta tensão terminam. Quando esse fenômeno se produz, assistimos à formação e à destruição dos impérios".
DUROSELLE, Jean-Baptiste. "Todo império perecerá: teoria das Relações Internacionais"
"No momento do perigo coletivo, a eficácia aparece com mais prestígio do que o sistema da dignidade. Dispondo de uma autoridade total, tendo cansado seus cidadãos com disciplinas, fortalecido pela propaganda e pelo isolamento, dispondo também do segredo, é possível o chefe lançar-se em ações aventureiras e notadamente na 'guerra preventiva'. Estando mais bem preparado, porque seu orçamento militar não é objeto de nenhuma resistência, ele pode lançar-se à Blitzkrieg".
DUROSELLE, Jean-Baptiste. "Todo império perecerá: teoria das Relações Internacionais"
“This policy of imperialism therefore cannot be continued much longer. Of course, if the present policy of imperialism were indispensable to the maintenance of the capitalist mode of production, then the factors I have referred to might make no last impression on the ruling class, and would not induce them to lend a different direction to their imperialist tendencies. But this change will be possible if imperialism, the striving of every great capitalist State to extend its own colonial empire in opposition to all the other empires of the same kind, represents only one among various modes of expansion of capitalism”.
KAUTSKY, Karl. "Ultra-imperialism"
“Para que sea práctica la política exterior de un estado habrá que perfilarla, no en función de un mundo de ensueños, sino conforme a la realidade de las relaciones internacionales, es decir, con arreglo a la política de poder.”
SPYKMAN, Nicholas. "Estados Unidos frente al mundo"
“Num nível muito básico, o imperialismo significa pensar, colonizar, controlar terras que não são nossas, que estão distantes, que são possuídas e habitadas por outros. Por inúmeras razões elas atraem algumas pessoas e muitas vezes trazem uma miséria indescritível para outras”
SAID, Edward. Cultura e Imperialismo. São Paulo: Cia das Letras, 2011, p. 39
“Um grupo social exerce sua dominação sobre os grupos adversos que ele tende a liquidar ou a submeter mesmo pela força das armas, e dirige os grupos que lhes são próximos ou aliados. Um grupo social pode, e mesmo deve, ser dirigente antes de conquistar o poder governamental (e está aí uma das principais condições para a conquista do poder ela mesma); em seguida, desde que exerça o poder, e mesmo se o tem fortemente nas mãos, ele torna-se o grupo dominante, mas deve também continuar a ser o grupo dirigente.”
Antonio Gramsci
"... Aquilo que hoje se proclama e pratica como tolerância está, em muitas das suas manifestações, ao serviço da causa da opressão (...) A intolerância atrasou em centenas de anos o progresso e prolongou a escravidão e a tortura de inocentes. Não acontecerá o mesmo com a tolerância indiscriminada e pura? Não haverá situações históricas em que uma tal tolerância impede a libertação e multiplica as vítimas que são sacrificadas ao status quo? Pode a garantia indiscriminada de direitos políticos ser repressiva?"
Herbert Marcuse
“O fato é que tanto Hitler como Stálin estenderam promessas de estabilidade para esconder a intenção de criar um estado de instabilidade permanente.”
ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo. São Paulo: Cia das Letras, 1989, p. 441.
“Lembra-te, Romano, que tu deves reinar sobre o universo”
ALIGHIERI, Dante. A Divina Comédia
“... O direito civil à desobediência constitui um dos mais antigos e consagrados elementos da civilização ocidental. (...) A ordem constituída tem de seu lado o monopólio legal da violência, bem como o direito positivo, ou melhor, o dever, de exercer essa violência em sua defesa. Mas a isso se opõem o reconhecimento de um direito mais alto e o reconhecimento do dever de resistir como força propulsora do desenvolvimento histórico da liberdade, o direito e o dever da desobediência civil como violência potencialmente legitima. Sem esse direito de resistência, sem essa intervenção de um direito mais elevado contra o direito existente, ainda estaríamos hoje no nível da mais primitiva barbárie. (...) Portanto, o conceito de violência se apresenta sob duas formas diversas: a da violência institucionalizada da ordem constituída e a da violência da resistência...”
(Herbert MARCUSE, “O fim da utopia”, Paz e Terra Edit., Rio de Janeiro, 1969 p. 59).
“Como você pode esperar governar um país que tem duzentos e quarenta e seis tipos de queijo?”
Charles de Gaulle (1890-1970); citado In: Frases, Revista História Viva, n° 2, dezembro de 2003, p. 17, col. 2.
“. . . Não há nada mais perecido com um conservador do que um liberal no poder . . .”
Ministro Holanda Cavalcanti, citado por MARSON, Izabel Andrade. Hannah Arendt e a revolução: ressonâncias da Revolução Americana no Império brasileiro, in: DUARTE, André; LOPREATO, Christina; MAGALHÃES, Marion Brepohl de (org.). A banalização da violência: a atualidade do pensamento de Hannah Arendt, Rio de Janeiro: Relume Duramá, 2004, p. 243.
“É muito conveniente ( . . . ) reduzir à prática os negócios, antes de entrar neles, porque pouco importa que na teórica pareçam ser os mais úteis, se na prática são impossíveis; as subtilezas são muito boas para fazer papéis, quando só a simplicidade convém para se tomar o melhor partido; e antes das muitas razões que se alegam, só as naturais convencem, e as repetidas e excógitas embrulham”.
CUNHA, D. Luis da. Instruções políticas. Edição de Abílio Diniz Silva. Lisboa: CNCDP, 2001, p. 193.
“Prefiro o título de cidadão ao de Libertador porque este emana da guerra, aquele emana das leis”.
BOLÍVAR, Simon; citado In: Frases, Revista História Viva, n° 3, janeiro de 2004, p. 11, col. 2.
“. . . O soberano, piloto que governa a barca do Estado, os marinheiros que são os seus ministros, devem trabalhar de concerto a salva-la nas tormentas que se levantam, sem brigarem, como diz Platão, sobre qual tomará o leme, de que resultaria ficar sem governo e fazer irreparavelmente naufrágio”.
CUNHA, D. Luís da. Instruções políticas. Edição de Abílio Diniz Silva. Lisboa: CNCDP, 2001, p. 193.
“ O segredo ( . . . ) é um ser moral que tem muitos inimigos de que se deve defender para se guardar. O primeiro, é a natural inclinação com que nascemos a falar. O segundo, é a vaidade que nós fazemos de que // nos dêem atenção, mostrando que sabemos o que os outros ignoram. O terceiro, é a astúcia com que alguns, como por força, nos arrancam o que de nós querem saber. O quarto, é o da chave de ouro, ou de qualquer outro equivalente metal, que abre as bocas mais fechadas”.
CUNHA, D. Luís da. Op. cit. p. 194.
“. . . Com as armas nas mãos se fazem mais honrados e convenientes todos os tratados”.
BN cód. 439. Notícia do estado da Guerra na Introdução de Felipe 5o Hespanha.
“Enfrentar o adversário exige uma disposição terminal que implica alistar-se nas hostes nefandas, similia similibus curantur:: encontrar o demônio e aceitar bônus e ônus da negociação”.
AGUILAR, Nelson. In: HUG, Alfons (org). op. cit. p. 60.
“Ao tomar posse de um Estado, o conquistador deve refletir longamente quanto às medidas severas que podem ser necessárias e depois executá-las de uma só vez...”
Maquiavel
“No governo ou na oposição, a cor do sangue é a mesma”.
Daniel Bem-Simon – “Maarw”
“Diplomacia é a arte de ir dizendo ‘cachorrinho bonito, cachorrinho bonito’... até você encontrar uma pedra”
Will Rogers
"No marco dos debates a respeito da reforma da ONU, além de fortalecer a pauta de direitos humanos como propósito central da Carta da ONU, faz-se fundamental fortalecer a Assembléia Geral, na qualidade de verdadeiro Senado mundial e democratizar o Conselho de Segurança, tornando-o um órgão mais representativo da comunidade internacional e da geopolítica contemporânea". Trocando em miúdos, poucas coisas são tão anti-democráticas quanto o exercício do poder de veto por parte dos Estados-fundadores do Conselho de Segurança da ONU!"
PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. São Paulo: Saraiva.
"... O homem considerado isoladamente não existe no estudo das relações internacionais. Em grupo, os homens criam um consenso para serem mais fortes, depois o destroem, porque a eficácia vai de encontro à felicidade e esta é preferível à eficácia quando os períodos de alta tensão terminam. Quando esse fenômeno se produz, assistimos à formação e à destruição dos impérios".
DUROSELLE, Jean-Baptiste. Todo império perecerá: teoria das Relações Internacionais. Brasília: UnB; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1991, p. 407.
"Talvez nasçam impérios, para a felicidade e, sobretudo, para a infelicidade dos povos. Nascidos da tormenta, eles também perecerão um dia".
DUROSELLE, Jean-Baptiste. Todo império perecerá: teoria das Relações Internacionais. Brasília: UnB; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1991, p. 432.
“Sabeis tanto como nós que só se cogita de direitos quando existe igualdade de poder; os fortes fazem o que podem fazer e os fracos suportam o que podem suportar”.
Tucídites. História da Guerra Peloponesica, v. 105, citado por; citado por DURANT, Will. História da Filosofia: vida e idéia dos grandes filósofos. São Paulo: Editora Nacional, 1956, p. 38.
“Como são interessantes os povos! Sempre a serem medicados, e mesmo assim a verem aumentadas e complicadas as suas desordens; imaginando poderem curar-se com panacéias que qualquer pessoa aconselha e, em vez de melhorar, peoram sempre... Não são engraçados em sua furia legislativa, a acreditar que com reformas porão termo á deshonestidade e maroteria do genero humano – e ignorando que na realidade estão a cortar as cabeças sempre renascentes da hidra?”
Platão. A República (425), citado por DURANT, Will. História da Filosofia: vida e idéia dos grandes filósofos. São Paulo: Editora Nacional, 1956, p. 41.
“Devemos convir que não há coisa mais difícil de se fazer, mais duvidosa de se alcançar, ou mais perigosa de se manejar do que ser o introdutor de uma nova ordem, por que quem o é tem por inimigo todos aqueles que se beneficiam com a antiga ordem, e como tímidos defensores todos aqueles a quem as novas instituições beneficiariam”.
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 25.
“Não lhe perguntamos se tinha visto algum monstro, pois os monstros já deixaram de ser novidades. São sempre abundantes as vorazes Cilas e Celenos, e os Lestrigões, devoradores de homens; já não é nada fácil, porém, encontrar exemplos de sistemas sociais justos e sábios”.
MORE, Thomas. Utopia. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 20.
“...Estou descobrindo, com espanto, quanto é débil e pouco profunda a consciência de que o reconhecimento (do direito à resistência), isto é, do direito à ‘civil desobedience”, constitui um dos mais antigos e consagrados elementos da civilização ocidental. (...) A ordem constituída tem de seu lado o monopólio legal da violência, (...) o dever de exercer essa violência em sua defesa. Mas a isso se opõem o reconhecimento de um direito mais alto e o reconhecimento de o dever de resistir como força propulsiva do desenvolvimento histórico da liberdade, o direito e o dever da ‘desobediência civil como violência potencialmente legítima’. Sem esse direito de resistência, sem essa intervenção de um direito mais elevado contra o direito existente, ainda estaríamos no nível da mais primitiva barbárie”.
Herbert Marcuse, “O fim da utopia”. Rio de Janeiro: Paz e Terra, , 1969, p. 59
“Para a libertação da consciência (...) precisamos de algo mais do que a discussão. (...) E se pode nos ser perigoso o cultivo de ilusões, igualmente (e talvez ainda mais) perigosa pode ser a pregação do derrotismo e do quietismo, dos quais o sistema não pode deixar de se locupletar. (...) Podemos ainda não enxergar os efeitos positivos de nossa ação de resistência, mas devemos continuar a exercê-la a fim de podermos ainda trabalhar como homens e sermos felizes. Não mais podemos ser felizes, não mais podemos exercer um trabalho humano, se nos mantivermos ligados ao sistema”.
Herbert Marcuse, “O fim da utopia”. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1969, p. 64-65
“Quando eu nasci, todos os tratados que visavam salvar o mundo já estavam escritos. Só faltava uma coisa: salvar o mundo."
Almada Negreiros
"Homens de uma República livre, acabamos de romper a última cadeia que, em pleno século XX, nos atava à antiga dominação monárquica e monástica. Resolvemos chamar todas as coisas pelos nomes que têm. Córdoba se redime. A partir de hoje contamos para o país uma vergonha a menos e uma liberdade a mais. As dores que ficam são as liberdades que faltam."
Manifesto de Córdoba, 1918.
"A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar. Estamos presos a uma rede inescapável de mutualidade, amarrados a uma única vestimenta do destino. Qualquer coisa que afeta a um diretamente, afeta a todos indiretamente."
Martin Luther King Jr.
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“A história me precede e se antecipa à minha reflexão. Pertenço à história antes de pertencer a mim mesmo”.
RICOEUR, Paul. Interpretação e ideologias. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora S.A., 1977, p. 39.