Forum Historiae 
A Civilização do Renascimento
A Civilização do Renascimento


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Bibliografia da aula:

Leitura obrigatória:

WATSON, Adam. The evolution of international society: a comparative historical analysis. Londres, Nova Iorque: Routledge, 1992, pp. 152-168 (“The Renaissance in Italy”; “The Renaissance in Europe”).

Leitura complementar:

BURKE, Peter. El Renacimiento Europeo: Centros y periferias. Barcelona: Editorial Crítica, 2000, pp. 72-177 (“La era de la emulación: el apogeo del Renacimiento”)

GOODY, Jack. Renascimentos: um ou muitos? São Paulo: Unesp, 2011, pp. 11-52 (“A ideia de um Renascimento”)

MOUSNIER, Roland. Os séculos XVI e XVII: Os progressos da Civilização Europeia. História Geral das Civilizações. Tomo IV, 1o v. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1957, pp. 136-158 (“O Renascimento da Política Estrangeira”)


Materiais complementares:

Vídeos:

Documentário: “Leonardo Da Vinci”, Globo Repórter; TV Globo, 2019.

Documentário: “Arte Medieval e Renascentista”, Série “História da Arte”, 2018.

Documentário: “European Renaissance: Rise of Capitalism”, Curso “Rise of Modern Europe – AD 1550 to AD 1850”, EMRC – St. Xavier’s College, Calcuta, 2017.

 


Proposta de atividade:

Analise atentamente os documentos abaixo:

 

Documento 1 - Poema Goliardo

Carmina Burana - O Fortuna, Imperatrix Mundi

Em latim

Em português

O Fortuna,

Ó Fortuna,

Velut Luna

És como a Lua

Statu variabilis,

Mutável,

Semper crescis

Sempre aumentas

Aut decrescis;

Ou diminuis;

Vita detestabilis

A detestável vida

Nunc obdurat

Ora oprime

Et tunc curat

E ora cura

Ludo mentis aciem,

Para brincar com a mente;

Egestatem,

Miséria,

Potestatem

Poder,

Dissolvit ut glaciem.

Ela os funde como gelo.

 

Sors immanis

Sorte imensa

Et inanis,

E vazia,

Rota tu volubilis

Tu, roda volúvel

Status malus,

És má,

Vana salus

Vã é a felicidade

Semper dissolubilis,

Sempre dissolúvel,

Obumbrata

Nebulosa

Et velata

E velada

Michi quoque niteris;

Também a mim contagias;

Nunc per ludum

Agora por brincadeira

Dorsum nudum

O dorso nu

Fero tui sceleris.

Entrego à tua perversidade.

 

Sors salutis

A sorte na saúde

Et virtutis

E virtude

Michi nunc contraria

Agora me é contrária.

Est affectus

Et defectus

E tira

Semper in angaria.

Mantendo sempre escravizado

Hac in hora

Nesta hora

Sine mora

Sem demora

Corde pulsum tangite;

Tange a corda vibrante;

Quod per sortem

Porque a sorte

Sternit fortem,

Abate o forte,

Mecum omnes plangite!

Chorai todos comigo!

 

O poema faz analogia a uma recorrente alegoria do baixo medievo e do Renascimento, a “Roda da Fortuna”, que aparece perenemente girando, levando à instabilidade daquele que está em cima e que logo será derrubado quando a roda girar, demovido do poder. Alude às mudanças que o poder conduz como: sucesso, fracasso, riqueza, pobreza, saúde, morte, sorte, azar, alegria, tristeza etc.

Veja agora o poema musicado por Carl Orff:

 

Documento 2: Carl Orff, “Carmina Burana - Fortuna Imperatrix Mundi 1. O Fortuna 2. Fortuna plango vulnera”; Bilkent Symphony Orchestra Işın Metin, Tourism Ankara State Polyphonic Chorus Cemi'i Can Deliorman, regente Claudia Boyle, soprano Erdem Erdoğan, tenor Christopher Magiera, barítono; Bilkent Odeon, 20 Setembro de 2012.

Analise agora as seguintes imagens:

 

Documentos 3 e 4 – Imagens da alegoria da Roda da Fortuna.

 

Roda da Fortuna 1

 

Roda da Fortuna 2

 

Agora responda no Forum, buscando discutir também com seus colegas de turma: de que maneira os 4 documentos dizem respeito às mudanças sociais, tão incomuns às sociedades estamentais e tão afeitas às sociedades de classe? Como isso se relaciona às transformações que estão em curso nas estruturas econômico-sociais das sociedades europeias?

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“A história me precede e se antecipa à minha reflexão. Pertenço à história antes de pertencer a mim mesmo”.

RICOEUR, Paul. Interpretação e ideologias. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora S.A., 1977, p. 39.

 

 

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